
Fánni, como está a Hungria? O Brasil continua lindo e quente. Estou escrevendo para te contar sobre a profissão que escolhi para exercer por toda minha vida; o jornalismo. Aqui no Brasil, assim que eu voltei de viagem, foi aprovada uma nova lei que diz que, para ser um profissional da área, não há necessidade de um diploma. Muitos estudantes desanimaram diante desta lei, mas eu não vejo isto como um obstáculo, e sim como um impulso. A faculdade de jornalismo tem muito a me ensinar e eu quero aprender tudo o que puder com os melhores profissionais da área.
Sempre me disseram para escolher com calma a minha profissão. Pensar bem e optar por algo lucrativo. Eu nunca pensei na questão financeira como sendo a mais importante, sempre coloquei em primeiro lugar que, qualquer que fosse a minha carreira, eu teria que amá-la antes mesmo de praticá-la. Foi assim com o jornalismo; sempre li e escrevi muito, me expresso bem desde pequena. Gosto do cheiro das revistas e dos jornais, além da adrenalina que dá correr atrás dos fatos. Tantas são as coisas que me atraem no jornalismo que te cansará menos se eu resumir dizendo que amo tudo que diz respeito à profissão. Umas coisas mais do que outras, mas amo-as todas.
O trabalho do jornalista é um benefício não só para o profissional, mas também para a comunidade. O público não quer a verdade toda enfeitada e pintada de rosa, e sim saber o que aconteceu; quem disse, o que disse e porque disse. Isso é o que mais me inspira, essa visão romântica da profissão; ver a história acontecer e poder atingir a sociedade com o relato dos fatos. Sei também que o jornalismo pode não ser tão romântico quanto eu espero, existe também a censura, que pode barrar meus textos. Mas até isso me inspira.
Se me perguntar o que eu espero do jornalismo eu diria que espero que me tire do sério. Me imagino sentada numa mesa com um bloco de folhas e caneta nas mãos. Ao meu redor, papéis amassados cobrem o chão e, na minha cabeça, milhares de ideias que se renovam a cada folha nova. E, no final, terei o texto bem escrito que eu tanto esperava. Sei que pode demorar e até me tirar o sono, mas é por isso que eu mais anseio; os desafios que terei de enfrentar para levar a história para dentro das casas do meu país.
Me conte sobre a Hungria, quero saber como vão as coisas.
Caroline L Cabral
Nenhum comentário:
Postar um comentário